Tuesday, April 21, 2009

A família portuguesa - Parte 1


Susana

Solidão. É o que sinto.
Ontem a minha irmã disse-me que devia sair mais. Mas para que?
Para chegar a casa bêbada e sem ter a mínima ideia do que fiz ou com quem tive, como ela o faz tantas vezes?!
Ela é tão diferente de mim…
Na verdade, é o meu oposto. Eu gosto de estar sozinha (pelo menos é o que eu digo para mim mesma), ela detesta, eu tenho poucos amigos, ela tem tantos que nem sabe o nome de todos (para ela toda a gente é sua amiga).
Somos totalmente diferentes.
A Patrícia quer ser igual aos amigos para que eles gostem dela, não tem personalidade própria e nem se quer se apercebe disso!
E só se preocupa em divertir-se, mais nada.
Apesar de eu ser a mais nova parece que sou a mais velha por estar sempre a dizer-lhe que tem que começar a pensar um pouco mais pela sua cabeça e principalmente que tem de começar a ter alguma responsabilidade. Ela já tem 16 anos mas mais parece ter 10 aninhos.
E ainda por cima não me dá ouvidos e eu sinto-me cada vez mais longe dela.
Assim como de quase todos os adolescentes que cada vez são menos eles próprios só para se encaixarem no “grupo”

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"...o meu coração é uma floresta cheia de nevoeiro - guarda tudo e não encontra nada. Sou uma recordadora profissional. Vivo de recordações, mesmo daquilo que ainda não fiz.E repito infinitamente os mesmos truques. Iludo-me. Penso sempre que amanhã é que vai ser. Desenvolvi um erotismo futurista: deleito me com o puro prazer dos meus sonhos.De certa maneira, já vivi tudo, porque em sonhos consigo projectar-me inteira nos corpos, nos sentimentos e nas experiências dos outros. Tenho uma capacidade estereofónica; posso ter ao mesmo tempo cem e dezoito anos. O que é um cansaço..." IP