Monday, July 27, 2009

Divagando


Acredito que sou múltipla. Assim como antes de mim outros acreditaram que o eram também.
Penso que uma pessoa não é completa sendo uma só, por vezes tem de se ser a outra face.
Acredito que há dias em que acordamos pessoas diferentes. Ás vezes melhores, outras bastante piores. Acredito principalmente que podemos escolher ser a pessoa de hoje ou a mesma que fomos ontem.

A vida é moldável aos nossos desejos e capacidades. O poder da mente é sim bastante poderoso.
O Mundo e tudo o que conhecemos é apenas uma ilusão de tudo, quando na verdade pode ser nada.
As Pessoas dentro do mundo são miragens do que achamos ser o mais importante.

O mais importante é estares Aqui e Agora e teres a capacidade de moldares a tua vida e o mundo da maneira que Tu quiseres. E com isso puderes destruí-lo ou melhorá-lo.
O mais importante é nos ser permitido Escolher, é sermos Livres.
É isso que nos faz sentir Vivos.

E é essa liberdade que nos vai matando aos poucos.


Há uns tempos li o livro "Dezanove minutos" de Jodie Picoult, o qual recomendo vivamente a leitura (principalmente aos adolescentes). Mas não irei falar do livro, apenas deixarei aqui um excerto que gostava de partilhar:

"Acho que a vida de uma pessoa deve ser como um DVD. Podemos ver a versão que toda a gente vê, ou podemos escolher a versão editada pelo realizador - a forma como ele desejava que a víssemos, antes de tudo o resto se ter metido no caminho.
Provavelmente há menus, para podermos começar nas partes melhores sem ter de reviver as piores. Podemos quantificar a nossa vida através do número de cenas a que sobrevivemos, ou através dos minutos em que ficámos lá presos.
No entanto, a nossa vida provavelmente assemelha-se mais a um daqueles aborrecidos vídeos de vigilância. Pouco nítido, por muito que o observemos com atenção. E circular: a mesma coisa, vezes sem conta."

Wednesday, July 15, 2009

Meias-pessoas

"Os homens saem para fazer turismo, para admirar o pico das montanhas, o marulho das ondas dos mares, o fácil e copioso curso dos rios, as revoluções e giros dos astros. Entretanto, não olham para si mesmos."(Santo Agostinho)

É muito importante sentirmo-nos bem sozinhos.
Gostar de nós próprios e conseguir sobreviver uns tempos sem mais ninguém é essencial para uma formação plena da nossa pessoa, da nossa personalidade, do nosso “eu”.

Muitos de nós só se encontram nos outros, não se encontram em si próprios. Muitos de nós precisam dos “amigos” para sentirem que existem.
Quando estão sozinhos ficam deprimidos e não conseguem viver no sentido completo da palavra.


A solidão é vista como uma palavra negativa na nossa sociedade.
No entanto, se não for muito prolongada é bastante positiva. É nesse tempo que conseguimos pensar no que somos, é nesse tempo que podemos reflectir sobre os nossos actos, sobre o que dizemos e o que deixamos de dizer, sobre a nossa maneira de ser, sobre os nossos defeitos...
É a solidão que abre-nos a porta para a nossa “alma”. É a solidão que faz-nos pensar verdadeiramente em nós mesmos.

Fazem-me impressão as pessoas que precisam de outras para sentirem-se bem.
Aquelas que só se encontram nos outros. Aquelas que sozinhas não são nada. Fazem-me impressão porque não são pessoas são meias pessoas.

Infelizmente o mundo está cheio de meias pessoas.

Perdi-te a ti


Fechei a porta de casa com a sensação que me faltava alguma coisa.
Depois lembrei-me que costumávamos sair sempre juntos, sempre aos risinhos e cheios de vontade de enfrentar o dia.
Faltavas tu.
A tua presença fazia parte da minha rotina há meses. Habituei-me a ter-te por perto.
Demorei minutos a sair do prédio tal e qual o tempo que demorávamos por estarmos sempre a embirrar um com o outro.
Quando sai lá para fora os meus lábios secaram. Imaginei-te ali de mão dada com a minha a dizeres ao meu ouvido que ias sentir saudades minhas dali a 5 minutos.
Lembrei-me que nunca mais ia ouvir essas palavras, lembrei-me que nunca mais ia sentir o teu toque.
Uma lágrima caiu-me do olho e a seguir a essa outra e mais outra…


Parei de chorar quando vi o parque onde todos os dias á tarde sentávamos-nos a falar.
Tudo o que tu alguma vez me disseste passou pela minha cabeça.
Até que uma frase se destacou:
-“Não fiques triste porque acabou fica feliz porque aconteceu.”- Tinhas me dito tu num dia em que eu estava triste já nem sei bem porquê.
A partir daí não chorei mais. E sempre que me lembrava de ti sorria.
Sei que era isso que querias, sei que isso tinha te feito feliz…


Mas a verdade é que durante a noite encharco a minha almofada de lágrimas.
Já não posso ficar horas a ver-te dormir, já não tenho o corpo que me embalava.
Então, só durante a noite, choro por tudo o que eu perdi.
Metade de mim. Perdi-te a ti.

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"...o meu coração é uma floresta cheia de nevoeiro - guarda tudo e não encontra nada. Sou uma recordadora profissional. Vivo de recordações, mesmo daquilo que ainda não fiz.E repito infinitamente os mesmos truques. Iludo-me. Penso sempre que amanhã é que vai ser. Desenvolvi um erotismo futurista: deleito me com o puro prazer dos meus sonhos.De certa maneira, já vivi tudo, porque em sonhos consigo projectar-me inteira nos corpos, nos sentimentos e nas experiências dos outros. Tenho uma capacidade estereofónica; posso ter ao mesmo tempo cem e dezoito anos. O que é um cansaço..." IP