Sunday, October 30, 2011





Felicidade. Procura. Constante. Busca. Objectivo. Vida. Viver? Sobreviver? Viver. Como? Amar? Como? Viver... Fazer? Descobrir? Ver? Cheirar? Sentir? Sentir. O quê? A onde? Por quem? Por ti? Porquê? Razão? Não. Emoção. Chorar. Sorrir. Isso. Chorar. Preciso. Rir. Também. Viver. Absolutamente. Tudo. Viver. Tudo. "Tudo". Tentar. Encontrar. Sentido. Tentar. Aqui? Ali? Não? Acolá? Tentar... Importante. Não. Parar. Nunca. "Nunca". Sempre. Amar. Vida. "Sempre".      Sono. Cama. Dormir. Sonhos. Sonhos... Enfim.


Tuesday, October 4, 2011

Half a love story


Estava a ouvi-la e entendia muito bem a situação em que estava, havia um homem que ela, irremediavelmente, gostava e a quem não conseguia dizer que não. Este homem vi-a como uma grande amiga e amante mas por alguma razão achava que não fazia sentido comprometer-se numa relação.
É daquelas coisas que a gente ouve e fica com pena.
Por vezes parece que a vida tem de dar mil voltas para depois entrar no eixo, parece que as pessoas precisam de ir dar uma volta ao mundo para decidirem o que é melhor para elas.
Lembro-me de estar a ouvi-la e de pensar que se tivesse numa situação assim, visto que a minha personalidade é muito diferente da dela, iria achar desesperante.

No fundo tudo se resume ao que é que estamos dispostos a fazer por amor.
Há pessoas que se dedicam totalmente sem verem se quer se vale mesmo a pena, e ela era uma delas.
  E depois há outro tipo de pessoas que são aquelas como eu. Não é que de alguma forma desprezemos o amor, simplesmente temos prioridades e elas passam todas por nós mesmas/os, de modo que apenas nos dedicamos quando temos a certeza que essa dedicação é recíproca, quando sabemos que o amor que estamos a dar não é em vão.

Tentei explicar-lhe este mesmo pensamento mas as palavras ficaram na minha mente e não passaram cá para fora pela simples razão que não queria tirar-lhe já a esperança.
 Sei por experiência própria que quando perdemos a esperança andamos um bocado á deriva até voltar á costa, ou seja, até arranjar outro objecto por que esperançar.  
Então a única coisa que me saiu da boca foi:
- Eu percebo, tu apenas queres agarrar-te aos momentos de felicidade que tens com ele.
E ela acenou e disse que era mesmo isso, que preferia ter isso a não ter nada. E eu calei-me com uma tal compreensão pelo que ela estava a sentir/passar que ela não podia imaginar.
 Procuramos, muitas vezes, ficar com a felicidade perto de nós, mesmo quando é uma felicidade incerta. Não posso julgar isso, não podia dizer-lhe para ela esquecer a felicidade e tentar outro caminho.
Não é fácil virar as costas à luz e apalpar terreno na escuridão. Eu sei disso e por isso fiquei calada e apenas lhe disse que o importante era que ela não se esquecesse dela própria no meio daquilo tudo.
Porém, não foi preciso dizer grande coisa que ela era uma pessoa com bastante noção de si mesma e dos outros.

  Por fim tentando dar um fim aquele tema ela comentou que não iria ser sempre assim, que estava apenas a dar tempo, em nome do amor, para ver se ele se decidia. – Para o ano vai ser diferente vou trabalhar para o Norte e não estou à espera que ele venha comigo, mas estou à espera que ele tenha saudades minhas e que se aperceba que eu faço falta. Claro que isso pode não acontecer e se assim for não posso dar mais por este amor e vou seguir com a minha vida. – A última parte do discurso foi exprimido com um tom mais baixo e cabisbaixo como seria de esperar.

Muitas mulheres sabem o que têm de fazer só não o querem fazer.
Com os homens já não é bem assim, penso que eles neste tipo de assuntos são mais cegos e com menos percepção do que realmente se passa à volta deles, nem todos claro, falando no geral.
E expressei esta minha opinião à Viviane, com a qual ela concordou.
Olhei para as horas e já eram 8 horas da noite, ficámos as duas espantadas como o tempo tinha passado tão depressa. Despedimo-nos uma da outra prometendo que nos voltaríamos a encontrar, ambas com um pressentimento de dever cumprido, pois conversas destas não se têm todos os dias.

Saímos as duas do café, uma para cada lado, e eu senti-me melancólica.
Passou pela minha cabeça uma frase que tinha lido já não sabia bem onde: Devíamos estar dispostos a apostar tudo naquilo que realmente gostamos.
Então e se apostarmos tudo e perdermos tudo? Com o que é que isso nos resta? Com a esperança? E para onde vai a felicidade quando perdemos tudo? Não é melhor só apostarmos metade e ir tentando melhorar no jogo? Jogar pelo seguro? Não?

Depende da sorte que se tem e de quanto temos para apostar. Foi a conclusão a que cheguei.

Ajudar não é difícil!

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"...o meu coração é uma floresta cheia de nevoeiro - guarda tudo e não encontra nada. Sou uma recordadora profissional. Vivo de recordações, mesmo daquilo que ainda não fiz.E repito infinitamente os mesmos truques. Iludo-me. Penso sempre que amanhã é que vai ser. Desenvolvi um erotismo futurista: deleito me com o puro prazer dos meus sonhos.De certa maneira, já vivi tudo, porque em sonhos consigo projectar-me inteira nos corpos, nos sentimentos e nas experiências dos outros. Tenho uma capacidade estereofónica; posso ter ao mesmo tempo cem e dezoito anos. O que é um cansaço..." IP