Friday, October 30, 2009

À noite...


Quando adormeço os sonhos invadem o meu espírito, ainda por cima não é só um são imensos. Todos eles com várias histórias que influenciam o meu dia-a-dia como se tratassem de pequenos filmes de um outro eu que grita por uma outra realidade

...

Aquele que mais sonho e que mais me marca é quando vou a correr para ti (personagem do sonho) e és tu que me viras as costas e não eu que tantas vezes o fiz com tantas pessoas diferentes. (Sei que sou demasiado cruel.)

De seguida sonho que te abraço mesmo assim e sonho que quero mais do que isso. Sonho que sinto alguma coisa por ti, por esse ser que tem muitas caras.

Vou realmente a correr para apanhar-te, seja de que maneira for, e não desisto nem quando tropeço, nem quando me viras costas.

E não desisto

...

É por isso que consigo sorrir todos os dias, sei que vai chegar a noite e vou ter a coragem de ir atrás da minha felicidade.

Monday, October 19, 2009

Não fugirei


Entrei no autocarro, olhei para trás e acenei para o fantasma. Ninguém tinha vindo despedir-se de mim…Claro ninguém sabia que me ia embora.

Sorri para o motorista, como se fosse feliz e tivesse alegria para partilhar, e fui-me sentar.

Sentei-me e respirei fundo, ia para Espanha, para Madrid. Nunca gostei de Espanha e na verdade continuo-o a não gostar. Estou a ir para lá porque…sou parva!

Ultimamente é a única parte de mim que ainda está activa.

É bom ser só parva e não ser mais nada.

Devia isso a mim própria, precisava de um descanso da consciência, do pensamento.

Como se fugir fosse a melhor opção…



Estava eu a duvidar das minhas decisões quando um rapaz perguntou se podia sentar-se ao meu lado. Eu olhei para ele e tirei a mala do outro banco sem pronunciar uma palavra.

Quando desviei a cara ele perguntou-me se estava tudo bem, ao que eu respondi que sim acenando apenas com a cabeça e sem olhar para ele.

O rapaz tocou no meu ombro e com uma voz com um timbre extremamente carinhoso disse-me:

- Eu sou o Leonel e adorava conhecer-te, será que me dás esse prazer?

Eu olhei para ele e, já com alguma sinceridade, sorri. E desabafei:

- Eu sou a Susana e realmente já estive melhor.



Toda a viagem foi passada a falar com aquele rapaz que apareceu inesperadamente na minha vida. Era boa pessoa e fez-me ver que estava a reagir mal fugindo.

Mal cheguei a Madrid agradeci-lhe as suas palavras e apanhei o primeiro autocarro de volta ao Porto. E voltei, voltei à confusão a que tinha fugido, a que não queria ter que enfrentar, à qual achava que não tinha capacidade para lidar.

Mudei de opinião, fugir não é a solução por mais que por vezes pareça a nossa única salvação.

Fugimos porque temos medo, receio, falta de coragem… Fugimos porque somos cobardes!

Quero lá eu ser assim.



Voltei. E agora vais me ter de ouvir. Estou farta de fugir.

Saturday, October 10, 2009

Desafio


Regras:

1. Exibir o selo.
2. Indicar o nome e o link do blog de quem recebi:

3. Indicar outros 5 blogues:
* Nós somos aquilo em que acreditamos
* Livro de reclamações
* e mais 3 blogs que queiram participar que eu não tenho pachorra para estar a escrever nomes. xD
4. Dizer qual o sentido que melhor me descreve:
* Tacto, porque o melhor mesmo é sentir na pele. O resto está demasiado longe.

5. Para cada sentido, responder às perguntas:
Audição: Qual o som que gostas mais de ouvir?
As crianças a brincar.
Visão: Qual a tua imagem favorita?
Paisagens.
Tacto: O que mais gostas de sentir na pele?
Outra pele.
Paladar: Qual o teu sabor preferido?
Gomas? xD
Olfacto: Qual o cheiro que te faz bem?
Ar fresco.

Thursday, October 8, 2009

Da esquerda para a direita


Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua

Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais

Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais

E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,

Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.


Fernando Pessoa

O Agora


Temos a mente tão ocupada com coisas do agora que não conseguimos apreciar o Antigo, o Passado. Ficamos tão espantados com o que a Ciência descobre que esquecemo-nos de apreciar verdadeiramente a Natureza.

Achamos que nunca estamos bem e que precisamos sempre de mais...
Quem é que hoje em dia sabe aproveitar o vento? Quem é que ainda sente a emoção de receber uma carta? Quem ainda tem o prazer de ter uma máquina de escrever? Ou um disco? Ou uma cassete de vídeo? Quem é que ainda vê a beleza de uma flor? ...

Eu diria que se perdeu muito e que o conforto não é tudo. A preguiça e a ambição são os nossos maiores defeitos, a insatisfação a pior característica.
As coisas mais simples muitas vezes são as que mais felicidade nos dão.
Podem dizer o que quiserem sobre os pc´s serem maravilhosos, o MP3 uma invenção espectacular e o telemóvel bastante útil...podem dizer o que quiserem mas a verdade é que é tudo demasiado artificial.
Não existe verdadeira felicidade em nada disto!
Principalmente não gosto do quanto estas coisas nos viciam e nos deixam presos a elas.
Não gosto do tipo de sociedade que hoje somos, não gosto do quanto cada vez mais nos afastamos uns dos outros. Não gosto desta felicidade artificial. Não é pura, não é real.
Desaparece tão facilmente...

Não gosto desta suposta evolução. Não gosto e pronto.

Ajudar não é difícil!

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"...o meu coração é uma floresta cheia de nevoeiro - guarda tudo e não encontra nada. Sou uma recordadora profissional. Vivo de recordações, mesmo daquilo que ainda não fiz.E repito infinitamente os mesmos truques. Iludo-me. Penso sempre que amanhã é que vai ser. Desenvolvi um erotismo futurista: deleito me com o puro prazer dos meus sonhos.De certa maneira, já vivi tudo, porque em sonhos consigo projectar-me inteira nos corpos, nos sentimentos e nas experiências dos outros. Tenho uma capacidade estereofónica; posso ter ao mesmo tempo cem e dezoito anos. O que é um cansaço..." IP