Sunday, July 18, 2010

Falar a mesma língua (200 posts)

O tempo corre, e assim já passaram mais de 3 anos que tenho este blog. Muito de mim está nestes textos e muito de mim por cá ficou, muito de mim continua cá, escondido nas entrelinhas.
Obrigado àqueles que se juntaram a mim e aos meus pensamentos e àqueles que continuam por cá a respirar comigo. Obrigada aos que mesmo escondidos continuam a acompanhar-me sorrateiramente e dando-me, de vez em quando, oxigénio para que continue a viver.

Estou a escrever uma história que temo demorar a terminar. Por isso coloco aqui um texto escrito há pouco tempo sobre a compreensão e a empatia:


Pensa-se que basta falarmos o mesmo dialecto para nos entendermos, mas comprova-se, tantas vezes, que não é bem assim.

Todos nós falamos a nossa própria língua, temos as nossas próprias expressões, o nosso tom de voz, uma maneira muito própria de nos dirigirmos aos outros. A nossa maneira de ser molda a nossa maneira de falar e o nosso discurso.

Podemos falar todos português porém, encontrar alguém que fale a nossa própria língua pode ser bastante complicado, assim como pode-se tornar deveras complicado compreender outras línguas diferentes da nossa. Para compreender plenamente é preciso falar da mesma maneira, ou seja, rir das mesmas expressões, imitar as mesmas palavras, falar com o mesmo tom de voz, é preciso criar uma sintonia de palavras e, simultaneamente, pensamentos (a isso se chama empatia). “Empatizar” nem sempre é fácil, logo não é fácil compreender plenamente.

Sabe-se que uma pessoa está a tentar falar a nossa língua, quando imita os nossos gestos. Mas do tentar ao conseguir vai uma longa distância. Uma pessoa só consegue falar a nossa língua quando o que lhe sai é natural, quando o que diz e a maneira como o diz é igual a nossa desde sempre. Ou melhor quando duas linguagens conseguem se fundir numa só.

Mais uma vez repito, encontrar esse alguém não é nada fácil, por isso quando o encontramos é normal que fiquemos um pouco viciados nele, já nos custando fazer um esforço para entender a linguagem dos outros. Custando-nos ainda mais adaptar a nossa língua a outra que não é a nossa.

Podem pensar e dizer o que quiserem (somos todos livres de o fazer) mas, para mim, o interesse não é esforçarmo-nos por falar a língua do outro, o interesse está em quando não precisamos de fazer esse esforço e compreendemos naturalmente a linguagem do outro. O interesse é quando descobrimos uma linguagem que, no fundo, é a mesma que a nossa.

Eu falo a língua do Ar e sei que há quem, não só fale como respire como eu e não há nada mais gratificante que isso.

Sunday, July 11, 2010

Random thoughts

Tem sido difícil arranjar tempo para escrever em todos os meus blogs e por serem cada vez mais e eu não ter muito tempo de momento, acabo por deixar o meu blog base, Ar puro, um bocadinho sozinho. A inspiração também não tem sido muita e os pensamentos estão a ser concentrados noutras coisas, no entanto não quero deixar este blog de lado de maneira nenhuma.

Hoje não vou escrever uma história, random thoughts it will be.



Sair. Fugir. Longe. Daqui.
Sorrir. Para ti. Para mim. Por mim.

Viver. Assim. Viver. Nada. Tudo. Nada. Tudo. Nada.
Querer. Basta. Querer. O resto. Detalhes.
Sonho. E sonho. E volto a sonhar. Imagino que a Vida há-de voltar. Não só ela mas a esperança também. E a liberdade. E a felicidade. E a alegria. E tudo o que me foi tirado no decorrer desta "vida".

O próximo post será o 200 deste blog. Será especial. Espero que o consiga tornar especial.

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"...o meu coração é uma floresta cheia de nevoeiro - guarda tudo e não encontra nada. Sou uma recordadora profissional. Vivo de recordações, mesmo daquilo que ainda não fiz.E repito infinitamente os mesmos truques. Iludo-me. Penso sempre que amanhã é que vai ser. Desenvolvi um erotismo futurista: deleito me com o puro prazer dos meus sonhos.De certa maneira, já vivi tudo, porque em sonhos consigo projectar-me inteira nos corpos, nos sentimentos e nas experiências dos outros. Tenho uma capacidade estereofónica; posso ter ao mesmo tempo cem e dezoito anos. O que é um cansaço..." IP