Saturday, April 28, 2012

"Our history is for sale"


O telefone tocava e tocava e mais uma vez não me atendias. Já tinha percebido que nada significava para ti mas queria-o ter ouvido, queria ter-te ouvido a pronunciar cada som de cada letra dessa mesma expressão - não significas nada.

 Rio-me do que sei sobre mim, sobre as acções que pratico opostas aquilo que penso e sinto, sobre a constante mudança de opinião. O que pensei que fizesse todo o sentido ontem, hoje parece um absurdo. 
Tudo me parece um absurdo e é a este estado que volto de todas as vezes que não me atendes a merda do telefone!
 Sei o que estás a fazer, sei o que não me queres dizer, sei que não há significado por detrás da superficialidade dos nossos corpos. 
O Absurdo de saber que não me aguento na instabilidade e mesmo assim é a ela que, constantemente, me agarro...

Recebi uma mensagem tua e não a quero ler. O absurdo de saber que é inevitável que o faça.
Tu a dizeres que não te esqueceste de mim,
 eu a saber que é mentira que já nem te lembravas da minha existência. 
Tu a dizeres que vens já de seguida para perto de mim, 
eu com a maquilhagem borrada sabendo que vais demorar mais de duas horas a vir para teres tempo de dar uma desculpa à outra.
Eu a saber o absurdo de tudo isto, 
tu a quereres tudo na mesma, 
nós sem significado.

Eu a abrir-te a porta sem te dar um estalo, 
tu a dares-me um beijo com o mesmo sorriso de sempre. 
O mundo a continuar a girar e nós ali. Tu ficas, e eu sem dizer nada fico também, a vivermos a tua verdade e a minha mentira. A jogarmos o teu jogo por ter perdido o meu dado. 
 A transparência da minha mentira, a tua verdade distorcida, o meio-termo que eu tando odeio. A minha fé destruída, a minha esperança desmoronada, a minha vida crucificada. 
O tudo do nada, o patamar sem terreno, o sol sem luz, o carinho sem amor, as horas sem conteúdo, a merda dos momentos sem qualquer significado!
Eu a lembrar-me do que sou, 
tu a ires-te embora para ao pé da outra. 
O meu último sorriso, o meu último adeus, para ti a última vez de mim.
Eu a voltar a ser eu. 
Eu, 
eu , 
eu, 
eu, 
eu ,
 eu, 
e já não vai haver mais nada. 

A nossa história está à venda,
a um preço baratuxo,
 pois vale pouco, muito pouco.




I have a dream, and you?

     De volta a casa sentia-me presa. Depois de meses a viajar, a minha casa eram as pessoas. 
    Aqueles materiais à minha volta, aquelas paredes, aquela mesma paisagem todos os dias, faziam-me sentir presa. Queria ter ficado pela viagem, pelo movimento, pelas caras novas, pela aventura, pelo despreendimento de tudo o que existe sem ser nós mesmos.
   Se a merda do dinheiro não existisse, se o que nos alimentasse fosse a essência das pessoas e da natureza, se a humanidade fosse diferente, se houvesse mais esperança e genuinidade... 

   Ia trabalhar fervorosamente mais uns quantos tempos para puder voltar a viajar pois é este o meu caminho, é isto que me faz continuar, é isto que faz a diferença no que sou, é isto. Passo a passo sei que vou conseguir completar-me, não vejo o meu futuro de nenhuma outra maneira. 
   Convido-te a vir comigo, a partilhar o caminho, a vivenciar o presente, a pela primeira vez sentires o que é a verdadeira liberdade! Vais recusar o convite eu sei, a tua prisão já não é só exterior é já terrivelmente interior.

Uma prisão compartilhada, humanidade estragada.

Ajudar não é difícil!

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"...o meu coração é uma floresta cheia de nevoeiro - guarda tudo e não encontra nada. Sou uma recordadora profissional. Vivo de recordações, mesmo daquilo que ainda não fiz.E repito infinitamente os mesmos truques. Iludo-me. Penso sempre que amanhã é que vai ser. Desenvolvi um erotismo futurista: deleito me com o puro prazer dos meus sonhos.De certa maneira, já vivi tudo, porque em sonhos consigo projectar-me inteira nos corpos, nos sentimentos e nas experiências dos outros. Tenho uma capacidade estereofónica; posso ter ao mesmo tempo cem e dezoito anos. O que é um cansaço..." IP