Wednesday, October 10, 2012

O medo de cair





Querias mudar, disseste-me tu naquele dia enevoado. Querias também que eu mudasse contigo. Que juntos mudássemos o mundo que nos rodeia.
 Quando disseste a palavra mudar eu assustei-me. Tínhamos já a nossa vida feita e no entanto, tu acreditavas que o caminho era outro e que nada daquilo fazia sentido.
 Tentei perceber o teu sentido mas não entendia a tua necessidade, a tua força, a tua coragem. Não entendia a necessidade da constante mudança.
Exclamaste que estava tudo a morrer à nossa volta e eu dei um salto para trás com medo de morrer também. Fazias todas aquelas perguntas que nunca ninguém faz: - És feliz? Sentes-te concretizado? Qual é o teu objectivo na vida? Por quem ou pelo que é que morrerias? Salvarias a humanidade oferecendo a tua própria vida?

E continuaste, direccionando-te para o canto da alma que tentamos esconder, sem dó nem piedade: Quais são os teus defeitos?  O que já fizeste para os melhorar e torná-los qualidades? O que aconteceu na tua vida que não ficou resolvido? Porque é que não o resolveste? O que fazes aqui e agora? E porque é que o fazes? O que te move? 

Uma atrás da outra, as palavras eram recebidas no meu cérebro como pancadas. Fiquei a olhar para ti sem saber o que te dizer. As respostas não eram certas, nada era concreto. Nunca me tinha cultivado a esse ponto.
Não sabia se era feliz, nunca tinha pensado no verdadeiro significado dessa palavra. O conceito de concretização era algo que me deixava confuso. Os meus objectivos eram acabar os dias, as semanas e os meses e continuar vivo. Morrer era algo que me assustava e deixava-me com arrepios nos ossos.  Nunca fui herói, nunca acreditei nisso, não acredito que eles existam.  Sei que tenho defeitos mas tentava não pensar neles. 
E na minha vida tanta coisa que não tinha ficado resolvida… Não sei o que faço nem porque o faço e talvez o que me mova é só o sentimento de estar vivo e ter tarefas para realizar.

Mudar parecia-me demasiado arriscado. A meus olhos, todas as mudanças o são.
 Via muitos obstáculos no caminho e via-me sempre a cair em todas as versões da mudança. Já tinha pensado sim em fazer algo que me fizesse sentir...sentir. Porém, perdi-me nas pedras desse mesmo pensamento.
 Vejo sempre tantos muros, tantas poças, tanta chuva, tanta lama. Não consigo tornar esse pensamento real porque… Porque talvez não tenha coragem suficiente. Talvez seja mesmo piegas como a minha mãe sempre me disse que era. Um assunto não resolvido. 

 Percebo que tens razão.  Tudo o que disseste interessa e tem grande significado. Percebo que é um caminho que temos de percorrer e se não o fizermos, mais tarde, isso virar-se-á contra nós. Nem que mais tarde seja quando tivermos a morrer. Não morreremos em paz se não clarificarmos tudo, se não soubermos que fizemos alguma coisa que realmente nos interessa, se não sentirmos que a nossa vida teve significado.
Isso tudo interessa bastante, diria até que é fulcral. E eu prometo que vou tentar mudar. 

Ajudas-me?

Thursday, July 26, 2012

Não és meu - Parte II


   No dia seguinte acordei com tantas dores de cabeça que parecia que a minha cabeça ia explodir. De repente o telemóvel começa a tocar e mais parece um martelo a martelar na minha cabeça. Com muita dificuldade peguei nele e olhei para o visor. 
  Depois de limpar os olhos umas cinco vezes li o nome Sónia. Fiquei a olhar para o visor sem conseguir atender. Não sabia como havia de lhe dizer que me estava a apaixonar pelo namorado dela, não sabia se quer se valia a pena contar-lhe isso.  
  Estava dentro de um labirinto do qual já tinha perdido o mapa. Esta situação toda dava-me ainda mais dores de cabeça, meti o telemóvel em silêncio e virei-me para o lado. 
Quando voltei a acordar já eram 2 da tarde e estavam a tocar à minha campainha. A custo levantei-me e fui ver quem é que estava à porta, quando espreitei pelo óculo da porta ia-me dando uma coisa má, era o meu ex-namorado com quem vivi 1 ano. 
Ainda tinha uma réstia de dores de cabeça e sinceramente não me apetecia nada ter de encará-lo, portanto dei um berro - Agora não posso que estou a dormir. -  E voltei para a cama arrastando os pés.
Do outro lado da porta ainda consegui ouvir: -  Deixa-te de coisas, abre-me lá a porta que ainda tens aí coisas minhas.
Mal ele acabou de falar olhei para o que tinha vestido e assustei-me. Era uma camisola dele. Despi-a em segundos e apercebi-me que não tinha mais nada por baixo quando comecei a ouvir o barulho da porta a abrir. Muito rapidamente voltei a vestir a camisola dele e dei um grito:  - Mas alguém te disse que podias entrar?! - Ao mesmo tempo ajeitei o cabelo e fui em direcção à entrada.
- Estás a brincar? Estavas mesmo a dormir? Espera lá, essa camisola é minha?
- Estava a dormir sim e sim esta camisola é tua. - Disse eu, provavelmente, com um ar de bêbeda e com uma vontade de lhe bater por ter entrado assim numa casa que já não era a dele. - Quer dizer mas tu ainda tens chaves cá de casa? 
- Ainda tinha umas extra encontrei-as no meu carro.
- Pronto mas agora é para devolver que já não precisas delas.
- Só vim cá buscar umas roupas que deixei cá, incluindo essa camisola que tens vestida. - o seu sorriso matreiro dizia-me que tinha ficado com ideias erradas sobre o estar com a camisola dele vestida.
- Ah pois desculpa eu vou já vestir outra coisa. - Nem devia era ter vestido isto, tinha sido o que apanhei mais à mão ontem.
- Estás à vontade se quiseres ficar com ela tudo bem.
- Não, não. A camisola é tua. - Ripostei eu muito prontamente. - Pronto toma  lá, e o resto das coisas estão neste saco.
- Obrigada. Bem então acho que vou andando.
- Vá, vá bom fim-de-semana.
- Também não é preciso despachar. Estavas aí com alguém? - E espreitou para dentro do meu quarto.
- Olha era só o que me faltava, mas agora tenho de dar-te satisfações da minha vida, vá põe-te a andar.
- Ina que antipatia, nunca percebi o que vi em ti realmente.
- Digo o mesmo de ti. - Finalizei com um ar de poucos amigos e a fechar-lhe a porta, basicamente, na cara.
Respirei fundo e assim do nada deu-me uma vontade imensa de tirar férias, depois lembrei-me das chaves. Voltei a abrir a porta - Afonso as minhas chaves?
- Ah é verdade. Toma.
- Obrigada. - E fechei-lhe outra vez a porta na cara.
 Como tinha uma semana de férias ainda para marcar liguei para a minha chefe e perguntei-lhe se podia tirar a semana seguinte. Após uma longa conversa para a convencer lá me deixou tirar aqueles 5 dias. 
Fiquei deslumbrada, finalmente ia desanuviar para bem longe dali, de preferência num sítio deserto sem muitas pessoas. Estava farta de pessoas e de todas as complicações que elas traziam.
Fui arrumar umas coisas lá em casa e depois fui desfrutar de um bom copo de vinho na minha cozinha enquanto pensava para onde é que ia de férias. Entretanto o meu telefone de casa começa a tocar: - Estou? Olá Sónia, como é que estás? Oh meu deus lamento tanto amiga, eu vou já para ai ok? Até já. Força. 

A mãe dela tinha morrido e as minhas férias também.
  

Tuesday, June 26, 2012

Não és meu - Parte I



Sabia que ela o amava profundamente e o meu coração encolhia de todas as vezes que a via sorrir para ele. Amigos desde sempre, cedo se tornaram namorados por conveniência, no entanto eu sabia que ela gostava realmente dele de uma maneira incrivelmente intensa.
 Sempre soube disso e estava feliz com a felicidade dela... Até um dia.

   Estávamos, num bar, numa festa de anos de uma amiga, eu sentei-me ao balcão e ia pedir uma bebida quando o namorado dela se aproxima de mim e cumprimenta-me. No início estava tudo certo, sem problemas, ele sempre tinha sido simpático. Porém naquela noite começou a fazer mais perguntas que o costume e a criar uma conversa que nunca mais acabava. Às tantas comecei a estranhar e perguntei-lhe se ele não ia para ao pé da Sónia, a resposta dele foi estranha, a cara mudou logo de expressão e saiu de ao pé de mim com um ar de cão abatido.

 E este foi o primeiro acontecimento que viria a mudar tudo.

   Uma semana depois cruzámo-nos na rua e ele convidou-me para ir lanchar com ele, eu como não tinha nada para fazer disse que sim, que me parecia bem. E começámos à conversa sobre temas abstractos, ambos tínhamos perspectivas diferentes o que tornava a conversa interessante e engraçada. Quando me despedi dele senti-me culpada. E logo apercebi-me que algo de muito errado estava a acontecer, estava a começar a gostar do namorado da minha melhor amiga.

Não sabia o que fazer, não queria magoá-la de maneira nenhuma e por uns tempos tentei afastar-me dele, mas o destino tinha outra ideia...

   O nosso terceiro encontro foi numa discoteca, ambos tínhamos ido por diferentes razões e não estávamos a contar encontrarmo-nos. A Sónia tinha ido para casa da mãe cuidar dela por uns tempos.
  Quando nos vimos houve logo um sorriso sincero, uma troca de palavras breves sobre o porquê de estarmos ali e depois começou uma música que ambos gostávamos. Começámos a dançar e esquecemo-nos que havia um mundo para além de nós. Cantávamos e dançávamos, sorriamos imenso e riamo-nos por alguma coisa que nem nós sabíamos explicar o que era.
   Até que os meus amigos me encontraram e puxaram-me para ir de volta ter com eles, despedi-me do Artur  e quando voltei à realidade só me apetecia dar uma estalada a mim própria.
   Sai mais cedo da discoteca dando a desculpa que estava com dores de cabeça e que ia para casa.
    Mal sai da discoteca vi o Artur cá fora a olhar para o nada, quis ir-me embora sem que ele me visse mas o meu carro estava mesmo à frente dele. Aproximei-me e como já estava um bocado tocada com a bebida disse-lhe que gostava muito da Sónia. Ele assustou-se comigo e ficou a olhar para o chão. Como não dizia nada e eu não estava em condições de falar, peguei nas chaves do carro e comecei a ir em direcção a ele.
   O Artur pegou-me no braço, puxou-me para junto dele, olhou-me nos olhos e abraçou-me. Eu fiquei estática, encostada ao seu peito a ouvir o seu coração bater...
O que deve ter sido minutos pareceram-me meses, e eu já não tinha vontade de sair dali.
   Caiu-me uma lágrima do olho e ele ao ver a minha lágrima apercebeu-se do quanto aquilo era demasiado pesado para mim. Perguntou-me se eu estava bem para conduzir e eu acenei que não com a cabeça, ele pegou nas minhas chaves, sentou-me no carro e conduziu-me até casa.
   Quando lá chegámos eu agradeci-lhe e perguntei-lhe como é que ele ia para casa, respondeu-me que ia chamar um táxi para eu não me preocupar. 
    Levou-me até à porta e dando-me a mão disse que queria tornar aquilo real e possível, eu sem saber o que dizer dei-lhe um beijo na cara e entrei em casa.

Thursday, June 14, 2012

Em paz *


Lembro-me de um passado, relativamente, recente em que tudo era, radicalmente, diferente.
Emoções profundas esquecidas na linha do tempo.
Pessoas com vida, mortas agora pelo abismo que, aos poucos, se foi construído.
Momentos radiantes, vistos pela sombra de quem os deixou para trás sem nenhuma intenção intencionada. Por medo, por impossibilidade de manutenção dos mesmos, por, por, por… Tic-tac tic-tac…
O toque: O que fica. Sentido da mesma maneira em qualquer um dos tempos, com um extra de nostalgia a cada dia que passa. 

Uma realidade que já fez sentido outrora, hoje parece-me estranha.
Uma palavra que mudou tudo, um passo que fez a diferença, uma decisão que podia ter sido melhor.  Ou não.
Um mundo, em suma, igual mas tão diferente. Um caminho traçado e acabado… Alguns dizem pelo destino, outros dizem pela sorte, ou pelo azar.  
Traçado e acabado. O passado é história. A história já foi. O que fica é a nostalgia. Talvez de não puder agarrar tudo: O melhor das pessoas. Não é permanente, vai e vem, vai e vem. Não é fixo. Porque as pessoas não são sempre boas, o melhor delas não existe sempre. E então para isto existe uma palavra chamada saudade.
Mesmo que o conteúdo dela não signifique o querer de volta o que já não existe. Por vezes o único significado é transcendente à vontade de qualquer um de nós, por vezes, é só lembrar e sorrir. Um sorriso genuíno de uma realidade que sabemos que não irá voltar, fazemos tréguas e ficamos em paz com isso e é uma saudade boa. Uma lembrança de um passado recheado de coisas boas que a vida não quis que se fixassem no tempo. E eu acho que a vida tem razão. A vida tem sempre razão. Porque se ela não tivesse eu já tinha feito alguma coisa, eu já tinha dado um passo, eu já tinha gritado pelo passado e já tinha ajustado contas com ele. Porém, a vida tem razão. E as contas, não existem para quem não gosta de matemática. Só palavras, todas lindas e maravilhosas que nos permitem saltar de tempo em tempo e sermos, sempre, aquilo que queremos ser. Eu acredito que podemos, sempre, ser aquilo que queremos ser. E logo fazer aquilo que queremos fazer. Portanto, o que não foi, o que não aconteceu, alguém não quis que acontecesse. Estou por isso em paz. Com a vida, com o passado e com toda a gente que fez parte dele.   

A pomba branca pousa ao pé de mim, eu esboço um sorriso e deixo-a voar para longe: estar em casa é estar em paz.

Wednesday, May 23, 2012

A real diferença

É uma merda. Eu explico-te o que é uma merda:  É a treta da diferença de filosofias de vida, a diferença de carácteres, a diferença de espíritos, de almas, de essências, daquilo que é a única coisa que realmente importa. 
  Tudo o resto pode dar resultado, pode trazer muita alegria mas quando este aspecto específico falha, aos poucos e poucos, começa tudo a falhar. 
Isto é o que a maioria das pessoas ainda não percebeu: que podem ser diferentes em tudo e mesmo assim darem-se bem, a única coisa que tem de ser parecida, que tem de tocar de alguma maneira, é exactamente aquilo que está mais dentro delas que tudo o resto,  é esta essência que temos aqui dentro que tem de corresponder com a dos outros. Quando não corresponde tu apercebeste disso no divórcio, na separação, na quebra, no afastamento, no fim de uma qualquer relação. E é esse exacto "apercebimento" que estraga tudo. Estraga os sonhos, as esperanças, a felicidade...

É uma merda isto só acontecer depois, depois de já termos aberto a porta, depois de já termos aberto o espírito, depois das dúvidas, depois das confusões, depois... Sempre depois.
 Porque se fosse antes, nada disto era uma merda.
 

Saturday, April 28, 2012

"Our history is for sale"


O telefone tocava e tocava e mais uma vez não me atendias. Já tinha percebido que nada significava para ti mas queria-o ter ouvido, queria ter-te ouvido a pronunciar cada som de cada letra dessa mesma expressão - não significas nada.

 Rio-me do que sei sobre mim, sobre as acções que pratico opostas aquilo que penso e sinto, sobre a constante mudança de opinião. O que pensei que fizesse todo o sentido ontem, hoje parece um absurdo. 
Tudo me parece um absurdo e é a este estado que volto de todas as vezes que não me atendes a merda do telefone!
 Sei o que estás a fazer, sei o que não me queres dizer, sei que não há significado por detrás da superficialidade dos nossos corpos. 
O Absurdo de saber que não me aguento na instabilidade e mesmo assim é a ela que, constantemente, me agarro...

Recebi uma mensagem tua e não a quero ler. O absurdo de saber que é inevitável que o faça.
Tu a dizeres que não te esqueceste de mim,
 eu a saber que é mentira que já nem te lembravas da minha existência. 
Tu a dizeres que vens já de seguida para perto de mim, 
eu com a maquilhagem borrada sabendo que vais demorar mais de duas horas a vir para teres tempo de dar uma desculpa à outra.
Eu a saber o absurdo de tudo isto, 
tu a quereres tudo na mesma, 
nós sem significado.

Eu a abrir-te a porta sem te dar um estalo, 
tu a dares-me um beijo com o mesmo sorriso de sempre. 
O mundo a continuar a girar e nós ali. Tu ficas, e eu sem dizer nada fico também, a vivermos a tua verdade e a minha mentira. A jogarmos o teu jogo por ter perdido o meu dado. 
 A transparência da minha mentira, a tua verdade distorcida, o meio-termo que eu tando odeio. A minha fé destruída, a minha esperança desmoronada, a minha vida crucificada. 
O tudo do nada, o patamar sem terreno, o sol sem luz, o carinho sem amor, as horas sem conteúdo, a merda dos momentos sem qualquer significado!
Eu a lembrar-me do que sou, 
tu a ires-te embora para ao pé da outra. 
O meu último sorriso, o meu último adeus, para ti a última vez de mim.
Eu a voltar a ser eu. 
Eu, 
eu , 
eu, 
eu, 
eu ,
 eu, 
e já não vai haver mais nada. 

A nossa história está à venda,
a um preço baratuxo,
 pois vale pouco, muito pouco.




I have a dream, and you?

     De volta a casa sentia-me presa. Depois de meses a viajar, a minha casa eram as pessoas. 
    Aqueles materiais à minha volta, aquelas paredes, aquela mesma paisagem todos os dias, faziam-me sentir presa. Queria ter ficado pela viagem, pelo movimento, pelas caras novas, pela aventura, pelo despreendimento de tudo o que existe sem ser nós mesmos.
   Se a merda do dinheiro não existisse, se o que nos alimentasse fosse a essência das pessoas e da natureza, se a humanidade fosse diferente, se houvesse mais esperança e genuinidade... 

   Ia trabalhar fervorosamente mais uns quantos tempos para puder voltar a viajar pois é este o meu caminho, é isto que me faz continuar, é isto que faz a diferença no que sou, é isto. Passo a passo sei que vou conseguir completar-me, não vejo o meu futuro de nenhuma outra maneira. 
   Convido-te a vir comigo, a partilhar o caminho, a vivenciar o presente, a pela primeira vez sentires o que é a verdadeira liberdade! Vais recusar o convite eu sei, a tua prisão já não é só exterior é já terrivelmente interior.

Uma prisão compartilhada, humanidade estragada.

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"...o meu coração é uma floresta cheia de nevoeiro - guarda tudo e não encontra nada. Sou uma recordadora profissional. Vivo de recordações, mesmo daquilo que ainda não fiz.E repito infinitamente os mesmos truques. Iludo-me. Penso sempre que amanhã é que vai ser. Desenvolvi um erotismo futurista: deleito me com o puro prazer dos meus sonhos.De certa maneira, já vivi tudo, porque em sonhos consigo projectar-me inteira nos corpos, nos sentimentos e nas experiências dos outros. Tenho uma capacidade estereofónica; posso ter ao mesmo tempo cem e dezoito anos. O que é um cansaço..." IP