Monday, November 30, 2009

Pedaços de mim


Explica-me isto! Explica-me o que acabaste de fazer.
De repente fiquei com um calor insuportável, e uma tempestade de emoções e sentimentos atacou-me. Apetece-me chorar e perguntar porque é que o fizeste...

Oh como te detesto!
Como detesto o teu cheiro que me faz sentir no céu, como odeio o teu toque que me paralisa, como abomino o teu olhar que me deixa fixada em ti…
Não sei o que estavas a fazer nem o que estavas a pensar, apenas sei que estás a dar comigo em doida. Preciso que pares de ser assim. Preciso que fiques comigo toda ou que não fiques com nada de mim.
Aos pedaços não, pedaços de mim é que não!
Eu sou uma toda e por ti já me desintegrei mais do que uma vez...

Não sou a mesma sem ti, não sou a mesma contigo, mudaste tudo o que alguma vez fui e tudo o que alguma vez poderia ter sido. Deixaste-me dependente. Uma coisa que sempre detestei ser, que nunca julguei ser capaz de ser. Acabaste com a minha essência e sabes, cheguei a pensar que isso era uma coisa boa. Mas sabes, acabei por perceber que não houve tempo para formar uma outra essência.
Não tenho essência, sou apenas pedaços do que fui e do que poderia ter sido. Não sou nada. Simplesmente nada...
Despedaçada quase totalmente como quem chama por ti quase desesperadamente.

2 comments:

SF said...

Brutal Rita, amei este :O

Anonymous said...

Man has such a predilection for systems and abstract deductions that he is ready to distort the truth intentionally, he is ready to deny the evidence of his senses only to justify his logic. – Fyodor Dostoyevsky (1821-1881)

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"...o meu coração é uma floresta cheia de nevoeiro - guarda tudo e não encontra nada. Sou uma recordadora profissional. Vivo de recordações, mesmo daquilo que ainda não fiz.E repito infinitamente os mesmos truques. Iludo-me. Penso sempre que amanhã é que vai ser. Desenvolvi um erotismo futurista: deleito me com o puro prazer dos meus sonhos.De certa maneira, já vivi tudo, porque em sonhos consigo projectar-me inteira nos corpos, nos sentimentos e nas experiências dos outros. Tenho uma capacidade estereofónica; posso ter ao mesmo tempo cem e dezoito anos. O que é um cansaço..." IP