Monday, December 3, 2007

Obrigada Vento!

Procurei por um sítio agradável.
Onde não tivesse muito frio.
Avistei um banco ao sol.
Nem pensei 2 vezes.
Parei e sentei-me.
Só mesmo porque não ia ficar em pé.
E comecei a pensar.
Pensei em tudo.
Pensei no futuro.
No passado, no presente.
Pensei no que fiz nestes 15 anos.
E no que deixei por fazer.
Nos meus desejos.
E nos meus sonhos.

Depois.
Comecei a tomar atenção ao silêncio dos sons da Natureza.
Silêncio, pois tantas vezes chama-mos silêncio quando não ouvimos ou mal ouvimos o insistente som das vozes humanas.
Comecei a tomar atenção ao som das folhas provocado pelo vento.
Via-as a mexerem-se no chão como se fossem objectos animados.
Como se tivessem vida.
Incrível o que o vento pode fazer.
Estava com frio, mas respirei fundo e deixei-me ir pela magia do vento.
Nunca lhe tinha dado tanta atenção.
Ele salvou-me da solidão e fez-me companhia.
Uma companhia muito mais agradável que muitas que eu já tive.

Desejei ter uma folha de papel comigo para poder escrever tudo o que estava a sentir/pensar naquele momento.
Mas não tinha.
Valeu-me a memória.
Nesse instante ou noutro, na verdade não interessa.
Duas estranhas pessoas começaram a andar na minha direcção.
E aí pensei.
Agora que estava tão bem sozinha.
Sim, porque que eu saiba o vento ainda não é considerado um ser.
Ainda.

3 comments:

rakel said...

realmente...
quando saimos da "civilizaçao" temos tanta calma... mas para voltar ao stress é mais dificil...
e o vento é realmente uma boa companhia xD

Ana Rita said...

=D ainda bem k concordas cmg amiga kel xD

rakel said...

:P
hehe

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"...o meu coração é uma floresta cheia de nevoeiro - guarda tudo e não encontra nada. Sou uma recordadora profissional. Vivo de recordações, mesmo daquilo que ainda não fiz.E repito infinitamente os mesmos truques. Iludo-me. Penso sempre que amanhã é que vai ser. Desenvolvi um erotismo futurista: deleito me com o puro prazer dos meus sonhos.De certa maneira, já vivi tudo, porque em sonhos consigo projectar-me inteira nos corpos, nos sentimentos e nas experiências dos outros. Tenho uma capacidade estereofónica; posso ter ao mesmo tempo cem e dezoito anos. O que é um cansaço..." IP