Escrevo agora um texto que já devia ter escrito há muito
tempo mas só agora ganhei inspiração para o fazer. Agradeço à pessoa que me deu
a ideia de o escrever e à qual tenho uma enorme admiração por ter feito o que fez
e como o fez.
Vou
usar algumas frases meio tuas espero que não te importes e é com este texto que
eu quero que te identifiques, com toda a glória que tens por seres a pessoa fantástica
que és. ^^
Mais um dia de escola e tudo me parecia igual,
as pessoas continuavam as mesmas bestas, o caminho não mudara, o autocarro
tinha as mesmas cores, a escola o mesmo ambiente desertificado e escuro. Entrei
dentro da sala e olhei para trás para ver se nada me impedia de entrar, mas não,
esta tinha sido a vida que escolhi e agora só tinha de aguentar. E ao
lembrar-me do Tony Carreira por ter pensado isto acabei por sorrir um pouco e
sentar-me na minha mesa um pouco mais confortado de espírito.
Rapidamente adormeci o meu
intelecto e comecei a sonhar nas coisas que poderia fazer para mudar o mundo,
mesmo sabendo que ali sentado naquela cadeira pouco poderia fazer, até que já eram
horas de sair e eu quase agradeci a Deus por isso, mesmo não sendo religioso.
Sai da sala, sai da escola e entrei
no mundo real, sabia que tinha outra aula daqui a uma hora mas ainda tinha
tempo para passear um bocado e ir almoçar. E foi o que fiz, entrei num
restaurante que já tinha visto, no dia anterior, que tinha comida vegetariana,
sentei-me e pedi uns bifes de soja que por acaso tinham um óptimo aspecto.
Quando acabei de comer, paguei e
vi-me embora respirando fundo o ar de Lisboa, que não era tão bom como o ar ao
pé do mar, claro, mas era o que havia, e há falta de melhor aguentamo-nos com o
que temos.
E fui passear ali pelas redondezas, estava muito bem a andar quando vi um homem meio perdido no meio de uma estrada, após uma breve observação
apercebi-me que o homem era cego e que, nitidamente, precisava de ajuda.
Cheguei-me ao pé dele e disse num tom de brincadeira: “Então mas o que é que
andamos a fazer no meio da estrada? Está a ver se o matam ou quê? Ande lá para
o passeio.” E o homem agradeceu o aviso e até sorriu um pouco. Depois de uma
breve conversa indiquei-lhe onde era a paragem de autocarro que ele procurava e
fui embora sabendo que a independência deste tipo de pessoas é muito importante
mesmo que seja difícil de adquirir.
Fiquei feliz
por puder ajudar e, principalmente, pelo sorriso com que ele ficou na cara depois
de eu o fazer porém, o que ficou mesmo na minha cabeça foi uma das coisas que
me disse: “Obrigado por não me tratar pela doença mas sim pela pessoa que sou.”
Podem dizer muita coisa mas os
sorrisos das pessoas que ajudamos e as suas palavras de agradecimento valem
mais do que qualquer outra coisa.
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