A Alma perdeu-se nas curvas da vida. Mas ela não sabe o quanto é essencial para tudo. É essencial para que o universo resulte, para que tudo faça sentido, para que as estrelas possam ser pedaços de esperança, as rochas pedaços de alegria, o sol o grande amor... É preciso Alma, é preciso que ela volte para casa, que bata à porta devagarinho e vá entrando outra vez, é preciso que ela se deite na cama dela e sorria outra vez.
Ela tem de voltar, ela tem de voltar a gritar comigo por a desprezar, ela tem de vir dizer-me segredos aos ouvidos e fazer do meu apoio quando já não há mais nada.
Eu não te quero a ti que já tanta dor me provocaste, não vos quero a vocês que nunca entendi nem suportei, não quero mais ninguém nem nada por mais importância que tiveram e que tenham ou por mais que gostassem de ter e não têm. Nada disto me interessa, nada disto sou eu, nada disto é a minha essência, nada disto me move...
Mas, Alma, tu sim! Tu és tudo o que realmente importa, és só tu que me interessa que voltes, é só a ti que quero, por agora és só tu a minha única e grande necessidade!
Preciso urgentemente que voltes e me digas onde errei, qual foi o caminho que escolhi e não devia ter escolhido, quem é que devia manter e quem devia mandar embora? Que tipo de trilhos devo eu caminhar sobre, que tipo de pessoa devo continuar a ser e o que devo excluir para todo o sempre?
Se não... Receio que vou apodrecer a olhar para o pôr-do-sol, à porta do meu coração, à tua espera...
1 comment:
Quando todos os outros se vão embora, há sempre um que fica: eu própria. Há que cuidar dessa pessoa. *
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