Susana
Para o meu pai o futebol é o mais importante na vida, pensa que tem sempre razão e que as mulheres são objectos, é um machista de primeira!
Só pensa nele e raramente se preocupa com os outros, não sabe falar e muito menos ouvir.
Detesto tudo nele!
Com a minha irmã ainda tento dialogar, agora com ele sei que já não vale a pena.
E como me custa desistir dele.
É uma parte de mim, no entanto, é uma parte que tento esquecer que existe.
A minha mãe é uma pobre coitada, está sempre a mentir a si própria, não é feliz com o meu pai mas como não tem coragem para lhe fazer frente diz constantemente que é feliz.
Ela pensa que se o disser muitas vezes acaba por o ser realmente.
E como não é feliz deve gostar de pôr os outros infelizes também, então não é que no outro dia tive um satisfaz bem, uma nota que até é boa, mas como normalmente tenho notas melhores deu me um grande sermão.
Que parvoíce!
Ela fala muito pouco mas quando está comigo fala imenso porque sabe que sou a única que ainda lhe liga lá em casa e a única que ouve os seus sermões.
Passa horas a falar se eu deixar, por vezes fico com pena dela.
Eu tento-lhe explicar que ela pode fazer muito mais da vida, tento-lhe explicar que já não estamos no século X em que as mulheres não eram respeitadas e que não precisa de estar agarrada ao meu pai.
E ela ouve-me e diz que tenho razão e desata a chorar.
Falta-lhe o que falta a muita gente, coragem, força de vontade e iniciativa!
Chora nesse dia e no a seguir já está a fingir que está tudo bem.
Não está tudo bem!
Está mesmo tudo mal!
E tu tens de fazer algo a respeito disso! -É o que tenho vontade de gritar aos seus ouvidos.
Não queria ter que desistir também dela mas fica tão difícil lutar contra a maré.
Principalmente quando são três marés diferentes, cada qual de cada lado.
Cá em casa temos uma geração que não evoluiu e uma outra que não quer nem se preocupa em evoluir.
Mas se fosse só a minha família…
Para o meu pai o futebol é o mais importante na vida, pensa que tem sempre razão e que as mulheres são objectos, é um machista de primeira!
Só pensa nele e raramente se preocupa com os outros, não sabe falar e muito menos ouvir.
Detesto tudo nele!
Com a minha irmã ainda tento dialogar, agora com ele sei que já não vale a pena.
E como me custa desistir dele.
É uma parte de mim, no entanto, é uma parte que tento esquecer que existe.
A minha mãe é uma pobre coitada, está sempre a mentir a si própria, não é feliz com o meu pai mas como não tem coragem para lhe fazer frente diz constantemente que é feliz.
Ela pensa que se o disser muitas vezes acaba por o ser realmente.
E como não é feliz deve gostar de pôr os outros infelizes também, então não é que no outro dia tive um satisfaz bem, uma nota que até é boa, mas como normalmente tenho notas melhores deu me um grande sermão.
Que parvoíce!
Ela fala muito pouco mas quando está comigo fala imenso porque sabe que sou a única que ainda lhe liga lá em casa e a única que ouve os seus sermões.
Passa horas a falar se eu deixar, por vezes fico com pena dela.
Eu tento-lhe explicar que ela pode fazer muito mais da vida, tento-lhe explicar que já não estamos no século X em que as mulheres não eram respeitadas e que não precisa de estar agarrada ao meu pai.
E ela ouve-me e diz que tenho razão e desata a chorar.
Falta-lhe o que falta a muita gente, coragem, força de vontade e iniciativa!
Chora nesse dia e no a seguir já está a fingir que está tudo bem.
Não está tudo bem!
Está mesmo tudo mal!
E tu tens de fazer algo a respeito disso! -É o que tenho vontade de gritar aos seus ouvidos.
Não queria ter que desistir também dela mas fica tão difícil lutar contra a maré.
Principalmente quando são três marés diferentes, cada qual de cada lado.
Cá em casa temos uma geração que não evoluiu e uma outra que não quer nem se preocupa em evoluir.
Mas se fosse só a minha família…
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