
Quando eu te disse aquilo estava a brincar, esqueci-me que tu levavas tudo a sério. E disseste que comigo ias até ao fim do mundo. Eu achei aquilo uma loucura mas sempre tinha sido esse teu lado louco que me deixava babada por ti. E não desistias, dizias que querias ir e que querias que eu fosse contigo. Eu chamei-te doido (que é o que tu és). Tu afirmaste que eu era demasiado calculista e pouco extrovertida.
A verdade é que nunca me deixaram ser o que queria...
Esse tipo de loucuras sempre me atraiu bastante. Tinha muita vontade de ir a onde quer que tu fosses e viver loucuras contigo. Porém, essa vontade dissipava-se quando pensava para além do presente. Se fosse pela emoção, pela intuição eu ia e ficava contigo até não haver mais sol e não haver mais lua nem estrelas. Se fosse o último dia da minha vida ia certamente ter contigo e fazer todas essas loucuras que nunca fiz por várias razões.
No entanto, o futuro existe e as coisas mudam, e para além de emoções existem sentimentos e esses quando provocam dor não é aguda é grave.
Queria que soubesses que eu queria, mas não posso.
Queria que soubesses que eu queria mesmo puder.